sábado, 9 de março de 2013

Bouba aviária



Bouba aviária

 
          É uma doença muito comum em aves. Muitos animais são susceptíveis a ela como galinhas, perus, pássaros e em escala menor pombos. Palmides e angolas não pegam bouba. O Poxvirus Avium pertence a ao grupo geral dos vírus viróticos que abrangem diversos tipos de varíolas e vírus que podem causar tumores como Mixoma e Fibrioma dos coelhos porém cada um infecta um grupo de animais de diferentes espécies. O Poxvirus Avium ataca o tecido epitelial das aves que forma o revestimento mais externo das aves.
Sintomas A Bouba Aviária apresenta-se tanto em pintos quanto em aves adultas porém adultos são menos susceptíveis por já possuírem um certo grau de imunidade portanto pintos são mais frágeis e susceptíveis. O animal infectado apresenta tristeza, arrepio, se torna retraído e febril. Surgem manchas amareladas que se desenvolvem e se tornam castanho escuras. As pipocas (Epiteliomas) ou nódulos apresentam-se principalmente na cabeça a doença ataca áreas que não tem penas.
          Ao passar do tempo os nódulos secam e escamam e somem porém a grande perda de animais que não conseguem sobreviver pela agressividade da doença.
          A Bouba ainda pode aparecer ou desenvolver-se de forma a causar nódulos ou placas amareladas no canto do bico, na língua e garganta o que pode causar sinusite inflamação dos ossos do crânio isso pode levar a falta de ar pelo inchaço cranial.
As aves doentes apresentam febre tristeza e penas arrepiadas nódulos (pipocas ou verrugas) na crista, barbelas, cabeças, pernas e pés lesões ao redor das narinas, que podem produzir descarga nasal (catarro)lesões sobre as pálpebras que podem produzir algumas vezes lacrimejamento e, eventualmente, perda da visão;placas e bolhas na boca.
 Transmissão
Pode ser transmitindo pelas escamas dos nódulos secos que são levadas pelo vento, contato com pus e o mosquito também pode transmitir ao alimentar-se de sangue de um animal contaminado e sequentemente alimentar-se do sangue de um animal sadio isso causara a propagação da doença.
 Tratamento
As pipocas podem ser queimadas com ferro em brasa, nitrato de prata, tintura de iodo o que não ajuda muito pois o vírus está no sangue e atinge todo o organismo.
A ave deve ser bem abrigada, bem alimentada e protegida de frio, chuva, umidade e impedir que mosquitos as piquem o que poderá transmitir a doença a aves que ainda não possuam a doença. Caso as pipocas se desenvolvam pode-se passar vaselina fenicada para evitar que virem feridas Formas de prevenção vacinação, com vacina vírus vivo desinfecção dos galinheiros drenar poças de água estagnada combater os vetores (mosquitos) Placas na garganta podem ser retiradas com uso de algodão embebido em glicerina iodada e o algodão preso em uma estaca ou arame.
Tratamento geral injetar no músculo do peito 2 ml diariamente de urotropina 40 g +água destilada 100 ml ou 2 a 3 ml de leite fervido e resfriado que também pode ser aplicado diretamente no músculo do peito, para pintos metade da dose, fazer uso até que a doença regrida.
Como evitar existe vacina preventiva contra a Bouba que podem ser liquidas ou em pó e podem ser aplicadas na pele depenada ou ferida o mais aconselhável é usar vacina feita a partir do vírus da Bouba de pássaros, liquida e na pele depenada, depois de alguns dias da aplicação surge inchaço no local se isso não acontecer em algumas aves significa que já são resistentes a doença caso não ocorra em nenhuma significa que a vacina já perdeu seu poder ativo e deve ser refeito com outra vacina. Fazer a vacinação durante a noite é melhor pois causa menos estress nas aves Doenças com características que podem ser confundidas com Bouba A bouba aviária deve ser diferenciada das seguintes doenças: Laringotraqueíte Infecciosa (LT) As lesões úmidas ou traqueais da bouba podem ser confundidas com LT. Um histopatologista pode identificar a diferença através do exame do tecido lesado. Já foi mencionado que a bouba se divide no citoplasma das células. Os poxvírus criam indústrias virais no citoplasma que têm a aparência de uma bolha e recebem o nome de corpos de Bollinger o corpos de Borrell. A LT é causada por um herpivírus que se divide no núcleo das células, produzindo um indústria viral intranuclear chamada de corpúsculo de inclusão viral intracelular chamada de corpúsculo de inclusão de Cowdry tipo. 2. Deficiência de vitamina A A falta de vitamina A pode resultar em uma lesão na faringe semelhante às lesões causadas pela bouba sob o micróscopio, não são detectados quaisquer corpos de Bollinger. Ocorre, ao invés, uma superprodução de células epiteliais que recebe o nome de metaplasia escamosa. 3. Deficiência de biotina e/ou ácido pantotênico A falta destas vitaminas B resulta em lesões que podem ser confundidas com a bouba. A deficiência de ácido pantotênico/biotina cria uma dermatite generalizada a pele do pé racha e formam – se crostas nos cantos do bico, ao redor dos olhos e das narinas. Uma lesão que parece ter pus desenvolve – se na boca, mas quando vista ao micróscopio não apresenta corpos de Bollinge.


quinta-feira, 7 de março de 2013


Bronquite infecciosa

        A Bronquite Infecciosa (BI) é uma doença viral que afeta galinhas de todas as idades. A doença é encontrada em todo o mundo. O vírus da Bronquite Infecciosa (VBI) atinge não apenas o trato respiratório, mas também o trato urogenital. O VBI causa principalmente doenças respiratórias nas aves infectadas, mas também ocasiona uma queda na produção de ovos nas aves poedeiras e matrizes. Também ocorrem danos aos rins.
O impacto econômico da Bronquite Infecciosa resulta principalmente de:
  • Redução de desempenho zootécnico ou mortalidade devido à doença respiratória em frangos de corte
  • Diminuição na produção de ovos em poedeiras e matrizes
  • Perda de produção causada por danos renais podem ser observadas em frangos de corte, poedeiras e em matrizes
      Os efeitos negativos de uma infecção dessa doença podem ser prevenidos por vacinação e ao implementar princípios de biossegurança.

terça-feira, 5 de março de 2013

Doença gumboro


Doença gumboro


 É uma enfermidade altamente contagiosa com rápida disseminação entre lotes infectados e susceptíveis. A DIB é de etiologia viral, família Birmavírus, e afeta aves na faixa etária de 3 – 6 semanas, alterando a morfofisiologia do sistema imunológico. A Bursa de Fabricius é o órgão alvo do vírus. Durante vários anos, foi confundida com variantes de vírus de "Bronquite Infecciosa", devido às lesões observadas no campo, sendo posteriormente estabelecidos agentes etiológicos distintos.
O vírus que provoca a DIB ou Doença de Gumboro é classificado em dois sorotipos distintos 1 e 2. Somente o sorotipo 1 é capaz de causar a doença em galinhas.
 A imunidade passiva é transmitida pelas reprodutoras à progênie protegendo contra infecções precoces.
Sabe-se que, aproximadamente 11 horas após a infecção, o vírus chega, através da circulação sangüínea na Bursa de Fabrícius, baço, timo e rim, causando alterações nestes tecidos e, principalmente, imunossupressão relacionada com depleção de linfócitos B. Os efeitos imunodepressivos causados pela doença clínica induzem a morbidade e moratalidade das aves. As seqüelas associadas à imunossupressão incluem: dermatite gangrenosa, corpos de inclusão na Síndrome de hepatite-anêmica, infecção por E. coli e falhas na vacinação. O vírus não acomete humanos e não tem importância na saúde pública.
 Atualmente para se medir as respostas de anticorpos para DIB o teste mais utilizado é o ELISA , que é um teste sensível, quantitativo e eficiente no diagnóstico de DIB.
A imunização é o principal método usado para o controle da DIB em aves. Para obtenção de imunidade sólida e duradoura deve-se empregar um programa de vacinação adequado as condições locais, conhecer as condições ambientais e de manejo e avaliar os níveis de uniformidade dos anticorpos maternos transferidos a progênie.

sábado, 2 de março de 2013

Doença Marek

Doença Marek

            A doença é conhecida como neurolinfomatose, doença do olho cinza ou doença de Marek é uma doença viral das aves provocada por um vírus da família Herpesviridae, e que acomete as galinhas domésticas, com relatos de sorologia positiva e lesões sugestivas em outras espécies de aves.
            Trata-se de uma doença linfoproliferativa contra a qual existe vacinação, fato extremamente raro nas neoplasias. Manifesta-se sobre diversas formas, porem todas elas associadas a proliferação de linfoblastos, sendo a forma paralitica a mais comum, com acometimento dos nervos periféricos geralmente unilateralmente, produzindo uma sintomatologia conhecida como “posição de bailarino”, pois a ave se apresenta com uma perna distendida para trás e outra para frente. O nervo mais comumente afetado e o isquiático que se torna espessado com duas a três vezes o seu diâmetro normal e com alteração na coloração que de creme claro se torna acinzentado.  Outros nervos podem ser afetados, como por exemplo, o nervo vago, o que determina o aparecimento do “papo pendulo”, ou o nervo braquial provocando paralisa da asa.
            Quando ocorre o acometimento do olho, a infiltração de linfoblastos e outras células provoca uma descoloração da Iris que se torna cinzenta (a iris das galinhas geralmente é amarela ou alaranjada) e uma irregularidade no contorno da pupila, que perde sua forma circular, podendo progredir ate a cegueira.
            Podem ocorrer também tumores na pele na região dos folículos das penas, o que provoca no caso de frangos de corte, a condenação das carcaças devido ao aspecto repugnante que se estabelece.
            Nos órgãos viscerais podem aparecer infiltrados e aumento no volume que em alguns caso como no baço pode levar a ruptura com hemorragia, as vezes fatal. Os tumores podem também ser vistos no fígado, ovários, intestinos, etc.
            O vírus se replica no epitélio do folículo da pena e através do processo de descamação natural é liberado no ambiente junto com a poeira e partículas em suspensão sendo então inalado por aves suscetíveis que poderão ou não desenvolver a doença. O estado de infecção permanece e o vírus continua a se multiplicar e se disseminar no ambiente.
            A vacinação e a única forma de proteger as aves contra a doença, já que a mesma não tem cura depois de estabelecida, e deve ser feita no primeiro dia de vida do pintinho antes que ele tenha contato com outras aves e ambientes contaminados pelo vírus. A vacinação é feita através de injeção subcutânea na pele do pescoço em dose única. Existem diversas vacinas disponíveis no mercado sob a forma liofilizada ou congelada.  A produção de vacinas contra a doença de Marek foi um marco na historia da medicina e chegou-se a pensar na época que seria possível controlar o câncer humano com o uso de vacinas.
            A doença foi descrita pela primeira vez em 1907 pelo Dr Joszef Marek como uma paralisia parcial em galos, na Hungria. Posteriormente a doença recebeu o nome do pesquisador como uma homenagem ao seu trabalho.
            Um aspecto interessante da doença de Marek é que ela é capaz de induzir aterosclerose em galinhas, servindo estas aves como modelos experimentais desta condição patológica em seres humanos.